Na corrida de revezamento, equipes de quatro velocistas cada competem para ver quem consegue completar a prova em menor tempo. O primeiro membro do time completa uma certa distância e passa o bastão para o próximo, que deve fazer o mesmo, até o último integrante da equipe cruzar a linha de chegada.
Em muitos sentidos, nossas escolas deveriam funcionar exatamente da mesma maneira. Cada professor deveria ajudar seus alunos a desenvolverem as competências-chave até um nível adequado, confiando no próximo colega para dar continuidade à tarefa.
O grande problema da maioria das escolas é que, por falta de tempo e planejamento, muitas vezes os professores não promovem esse senso de continuidade da forma necessária. Em vez de se sentarem com os colegas que os precederam para entender a história de cada aluno, os pontos fortes e as fragilidades que devem ser superadas, muitos professores simplesmente partem do princípio de que o trabalho foi feito, e seguem com seu programa padrão a partir dessa premissa.
Estudos demonstram que quase 50% do que é trabalhado em sala de aula já era conhecido previamente pelos alunos, o que indica que nossas escolas podem estar perdendo um tempo precioso. Ao mesmo tempo, algumas fragilidades nas competências-chave podem ir passando de ano a ano sem que nenhum professor se dê conta disso.
Nossos sistemas educacionais ganhariam muito se houvesse melhor planejamento para que os professores pudessem, simplesmente, passar o bastão.